O que é o prócampo

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Laranjal do Jari, AP, Brazil
Somos acadêmicos da primeira turma de licenciatura em educação do campo no Amapá. Atuamos na educação em vários municípios do estado. Ribeirinhos, urbanos ou índios, mudamos a idéia de que o campo é lugar de atraso. Somos Prócampo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Amapá-MEC avalia Licenciatura em Educação do Campo da UNIFAP

27 de janeiro de 2011


MACAPÁ - A Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) recebeu ontem (26) representante do Ministério da Educação (MEC) para visita de avaliação e monitoramento do Curso de Licenciatura em Educação do Campo (Procampo). Vistoria teve o comando da consultora da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, Divina Bastos, e da consultora da Unesco, Lúcia Sena.

Segundo Divina Bastos, o objetivo do monitoramento é a reestruturação do programa. Está prevista, inclusive, a criação de uma diretoria no lugar da atual coordenação. A criação de parceria com as prefeituras para execução do programa e a criação de novas vagas também foram temas abordados durante o encontro.

As representantes do MEC e da Unesco visitaram os Campus de Mazagão e Marco Zero do Equador, onde tinham encontro com o Pró-reitor de Ensino de Graduação, Prof. Oto João Petry, o Prof. Aldenor dos Santos e com o Coordenador do curso de Licenciatura em Educação no Campo, Prof. Emanuel Leal de Lima. Participou da reunião também coordenadora Pedagógica, Professora. Ana Cláudia Peixoto de Cristo.

Devido as condições da estrada e ao tempo de permanência das consultoras no Amapá, a visita à turma do Procampo de Laranjal do Jarí foi adiada para o mês de julho.
NOTÍCIA POSTADA DO PORTAL AMAZÔNIA: portalamazonia.globo.com

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

JÁ PENSOU EM SER PROFESSOR ?





Texto
Marcos Vilas Boas


Com tantas dificuldades, não podemos dizer que os quase 2 milhões de professores da educação básica foram por esse caminho por falta de opção.
Tatiana Sanson, 29 anos, foi chamada de louca por alguns amigos. Esse drama aconteceu porque, no início do ano, ela deixou o cargo de gerente em uma empresa de pesquisa de marketing para ganhar metade do salário como professora de história e geografia. "Adoro ensinar! Eu sinto que faço diferença na vida dos meus alunos", ela comemora.

Embora a carreira de docente seja a terceira que mais emprega no país - só perde para escriturário e prestador de serviços -, faltam profissionais com formação específica. Por exemplo, apenas 25,2% dos professores de física têm curso superior na área. O déficit também é enorme em química, biologia e matemática. E, justamente porque a demanda de "profes" é urgente, existem incentivos do governo federal para que os vestibulandos optem por cursos de licenciatura.

Apesar disso, a maioria das mulheres ainda responde "Não, obrigada" a essa carreira - até mesmo as que já sonharam com uma turminha para chamar de sua. Pesquisa da Fundação Victor Civita aponta que 32% dos estudantes do ensino médio cogitam tornar-se professores, porém apenas 2% decidem fazer vestibular para pedagogia ou alguma licenciatura. Os motivos já são velhos conhecidos: baixos salários, condições de trabalho difíceis e desprestígio social.

Não vamos pintar o quadro-negro de cor-de-rosa. A grana é de fato curta - o piso nacional de R$ 1 024 nem chega a ser cumprido em todo o país. Por outro lado, a remuneração varia de acordo com a escola (no ensino privado) e com o estado ou o município (no ensino público) e é diferente para cada nível de ensino. "Por incrível que pareça, no Acre se paga um dos melhores salários, com piso acima de R$ 1 600", comenta Ângela Dannemann, diretora da Fundação Victor Civita.

A realidade enfrentada dentro da sala de aula também é muito diversa. Depende da direção da escola, da participação dos pais e do envolvimento dos demais funcionários.
TEXTO POSTADO DO SITE :EDUCAR PARA CRESCER. ACESSE :http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/ja-pensou-ser-professor-613398.shtml

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011


Carta aberta em favor do casal Capiberibe

“Quem caminha com a imensa maioria do povo jamais estará sozinho”
(*) Josivan Bracho


Falar deste casal é simplesmente falar de sonhos, utopias e muita luta: Capi e Janete, “o casal da esperança”. Gostaria de prestar minha solidariedade há este casal que vive um momento de grande injustiça. Fico me perguntando: “Meu Deus, porque tanta injustiça?”, duas pessoas que tiveram suas vidas dedicadas a luta do povo, que lutaram contra a crueldade, que ousaram e que venceram. Pessoas que foram perseguidos pela ditadura sangrenta, e gritavam por democracia, e depois dela conquistada, são também perseguidos por ela. Isso é um ato de crueldade sem tamanho.

Lendo o livro, “Amapá, um norte para o Brasil” (que recomendo a leitura), organizado por Nilson Moulin, encontramos um belo e rico dialogo com João Alberto Rodrigues Capiberibe, que eu ousadamente chamo: “velho guerreiro”. O livro fala de vários episódios da vida do nosso Capi, da luta vivida pelo casal na época da ditadura, de suas prisões e fugas. Mais tem uma parte do livro, que para mim é uma das mais emocionantes, é quando João e Janete junto com a primeira filha (Artionka), na Bolívia em um determinado momento, depois de terem perdido tudo, mala, roupas, depois de terem os três passado por um buraco (tipo túnel), que dava na casa de uma determinada mulher, sem terem sem saber para onde ir foram para uma praça, e sem dinheiro a pequena Artionka, começou a chorar com fome. Diante disso, Capi saiu pedindo leite nas casas para alimentar a filha. E a guerreira Janete sempre lá, do lado, sem arredar um milímetro se quer.

Todos nós aqui do Amapá sabemos o que representam Capi a Janete. Suas lutas e objetivos de passar a política a limpo com transparência. Tenho certeza que também a maioria do povo Brasileiro sabe.

Minha total solidariedade ao “Casal da Esperança”, que sempre se mantiveram fiéis ao povo, dando o seu melhor. Capi e Janete nunca poderão ser substituídos, e sim copiados, porque as coisas boas servem para se copiar. Que o velho Capi, como o maior amapaense de todos os tempos (Como é considerado), como ícone da esquerda brasileira e Janete, como a mãe querida do Amapá e amiga da floresta, possam continuar sendo nossas maiores referências do nosso querido Amapá.

Um beijo ao companheiro Capi e para companheira Janete. Que a justiça do Brasil concerte este grande erro, garantindo seus mandatos que foram dados pelo povo do Amapá. Que a impunidade não prevaleça, que a impunidade não nos enforque, que a impunidade possa ser vencida pela esperança que nunca pode morrer. Meu sincero carinho e respeito a João Capiberibe e Janete Capiberibe. Fé em Deus e nas lutas do nosso povo, sempre!

(*) Josivan Bracho – Professor, Acadêmico de Licenciatura em Educação do Campo (UNIFAP), fundador e Presidente do PSOL em Laranjal do Jari (AP).