Morte em conflitos no campo cresce 30% em um ano, diz CPT

Região Norte registra o maior número de assassinatos, seguida do Nordeste

Relatório divulgado nesta terça-feira (19) pela CPT (Comissão Pastoral da Terra) revela que em 2010 foram registrados no país 34 assassinatos em conflitos no campo. O número é 30% maior do que o de 2009 (26). Segundo os dados da CPT, 30 dos assassinatos ocorreram em conflitos pela terra, dois em disputas pela água e dois estão ligados a questões trabalhistas.

O relatório Conflitos no Campo Brasil 2010 mostra que o maior número de mortes ocorreu na Região Norte (21). Em seguida vêm o Nordeste, com 12, e o Sudeste, com um. O Pará é o Estado com o maior registro de assassinatos, com 18, número 100% maior do que em 2009.

Segundo a CPT, no total, foram registrados 1.186 conflitos no campo no ano passado, dois a mais do que em 2009. A entidade, que é ligada à Igreja Católica, atribui esse crescimento ao número de conflitos no Nordeste, que passou de 320, em 2009, para 440, em 2010, um aumento de 37,5%. Nas demais regiões, houve queda na ocorrência de conflitos.

publicado em 19/04/2011 às 13h20 pelo R7.

UNIFAP concorreu ao PIBID-2011 da CAPES

A coordenação do pessoal de nível superior (CAPES), por meio da diretoria da educação básica presencial, aprovou com ajustes, o projeto vivencial da UNIFAP, intitulado FORMAÇÃO CONTINUADA: interfaces com o processo inicial de formação e atuação profissional, que concorreu com o edital 001/2011-CAPES, para o programa institucional de bolsa de iniciação a docência (PIBID). Os ajuste recomendados pela CAPES deverão ser efetuados até o próximo 25 de abril e sendo aprovados, contemplarão 82 bolsas mensais, durante 2 anos para alunos dos cursos de licenciatura em ciências biológicas, educação do campo, física e letras. Uma vez aprovado o projeto será executado no periodo de junho de 2011 a junho de 2013, e cada curso tem um professor (a) na função de coordenador (a) de seu respectivo subprojeto, que são: ALEXANDRE SANTIAGO (biologia), ANA CLAUDIA CRISTO ( educação do campo), ELYELSOM MOURA ( física) e BRENDA MOTA (letras), os quais participam do projeto desde sua elaboração. Notícia postada do site da UNIFAP do dia 08 de abril de 2011

Valores imutáveis

Dentre tantos fatos tristes em meio à catástrofe ferreirense deste ano observam-se vários movimentos capazes de despertar admiração e repúdio. No terceiro dia de alagamento, por exemplo, deu-se início a várias frentes de trabalho, dentre elas uma que me pareceu confusa pelo exato tempo impróprio.

A capina da cidade que, ocorre normalmente em datas especiais, ou antes de algum evento festivo, foi iniciada na orla da cidade misturando-se com as ações para conter o caus instalado no município por conta da forte enchente que desabriga dezenas de famílias. Pra que limpar uma cidade que será inundada? Será que pra aparecer bem na foto? Não seria melhor designar pessoal para acompanhar a necessidade das famílias em risco?

O município amapaense conhecido pelas belezas deste mesmo rio que hoje o invade, parece ter todo o aparato necessário para controlar a situação. É o que parece, mas, diferente do que é mostrado na mídia televisionada, pessoas reclamam da falta de organização no atendimento às necessidades básicas. A união, demonstrada pelas formigas da foto, é que resolverá nossos problemas. Aliás, todos sabem da organização destes insetos em suas colônias, mas em caso de alagamento é uma imagem que muito nos ensina.

Talvez se todos realmente trabalhassem para o bem comum, a situação fosse realmente resolvida, ou amenizada. O fato é que muitos oportunistas, políticos ou não, aproveitam-se da complexidade da situação para se dar bem. A dificuldade das famílias comove: “fui para um abrigo na escola, mas, com minha mulher hipertensa era melhor ter ido para o hospital. Tem muita gente lá, agente não dorme direito e a comida demora muito e não é boa, e esse cadastro deles também, eu não sei pra que é...” Senhor “Fernandes” está fora de casa a quatro dias e teve que procurar a casa de um amigo depois de ver a situação dos abrigos.

A união do poder público é aparente na visita de alguns Deputados Estaduais e do Executivo estadual ao município. Mas, será que muda muita coisa no sentimento das famílias que esperam políticas públicas para resolver de uma vez o problema?

A REALIDADE DOS FATOS

Um dos municípios mais visitados por turistas no estado do Amapá, Ferreira Gomes sofre com a cheia do rio Araguari.

Mais famílias são desalojadas nesta segunda feira e as aulas são suspensas na maior escola da rede municipal. As medidas são de emergência, mas o caus instalado na cidade já não poderia ser previsto?

A violência de um tsunami na Ásia é anunciada com antecedência aos possíveis locais atingidos. Vivemos realmente um lugar de atraso.

No município de Ferreira Gomes instaurou – se nos últimos meses a expectativa de grande progresso em função das obras na Barragem no rio Araguari: é, realmente, uma obra monstruosa. Mas, investir em terraplanagem nas ruas, esgoto, asfaltamento, casas populares, escolas e postos de saúde, enfim, reverter o preço pago pela população em benefícios, não geraria empregos, renda e qualidade de vida?

A idéia de quem governa move a idéia de quem é governado, assim, o estado matem o povo sem um dos maiores bens sociais: a educação. Pois é mais fácil controlar um povo sem instrução, necessitado e ‘’cego’’. Vamos mudar isso?